Projetando Lojas

Projetar uma loja não é apenas encher um ambiente de araras e produtos.
Um projeto bem-sucedido deve conseguir comunicar o conceito vendido pela marca, criar um ambiente original o suficiente para se destacar da concorrência, e vender.
O “fazer vender” é complexo porque não se limita ao espaço da loja, mas a todas as variáveis que em conjunto compõem uma marca. A inadequação do produto ao seu público alvo e a escolha incorreta do ponto de venda podem ser fatores de insucesso.
Ao desenvolver um projeto de uma loja, o arquiteto deve conhecer bem o produto a ser vendido, para que o ambiente projetado seja adequado ao seu consumidor e ao processo de compra. Para isso, deve seguir algumas regras básicas de exposição e layout. Convém que o projetista tenha um mínimo de noção de visual merchandising, já que isso contribuirá para a eficácia e rentabilidade. O merchandising visa deixar as mercadorias de maneira mais visível e atraente possível.
O conhecimento do mix direciona a setorização dos produtos e facilita a localização do consumidor dentro da loja. A divisão da exposição por ambientes dá dinâmica ao espaço, evitando o manuseio cansativo de araras contínuas e intermináveis.
O projetista deve saber quais linhas de produtos merecem maior destaque, onde serão estrategicamente colocadas dentro da loja e quais os móveis mais adequados para a exposição de cada produto. É importante também saber como funciona a dinâmica de venda: se o atendimento é exclusivo dos vendedores ou se predomina o auto-atendimento.
Outro fator indispensável é um bom projeto de iluminação. Quando aplicada corretamente, a luz destaca os produtos, valoriza suas cores e proporciona bem-estar a quem está no interior do estabelecimento. Quando usada de forma inadequada, pode esquentar, causar desconforto, e ainda mudar a cor, queimar e estragar os produtos expostos. A luz artificial é o elemento que dá o acabamento final à produção cênica da loja. Por isso é muito importante que se saiba usá-la.
ACS